aceitação
Eita vida combalida, tortuosa, quase vencida
Que se arrasta, sem saber de nada à frente
Que vive cada dia, em busca da despedida
E ela não chega, e com isso fica mais doente
E o dia tão longo, triste, segue solitário
...Consome em calada dor a alma perdida
E vence as horas, sem rumo, sem itinerário
Ninguém olha, não há o mínimo de guarida
E ao ferver por dentro as horas que passam
E como flechas, mortalmente transpassam
E de sofrimento e dor, vão inundando
E mais nada, resta, apenas dizer sim
E moribundamente, sentir o fim
E sem uma lagrima estar derramando