À SOMBRA DE UMA BELA OLIVEIRA
À sombra de uma bela oliveira
Rara e de fruto muito especial,
Sonhei no céu passando a porteira
Sagrada do Jardim original.
Sem timidez, sem folha de parreira,
Vi a cara metade ideal
Vindo dar-me a mação toda faceira,
Mas... Por que o mas sempre é tão infernal?
Não acordei, nenhuma cobra vi,
E do jardim sagrado eu sumi,
Sem maçãs ou azeitonas ter comido.
Não sei se é raiva o que hoje me consome,
De até em sonho ver que a Eva some,
Antes do ato de Adão se ter cumprido.