SONETO SONETO

leio da beleza das coisas mesmo que feias

porque sempre há uma capa sobre t udo

que noz faz cegos, surdos e mudos

perdemos as inteiras, noas apegamos às meias

ao telefone te disse ainda há pouco

que a cada minuto cai uma escama então desconhecida

e o que é azul transfigura-se em prata polida

me chamou de louco

quero que assim seja

para que eu veja

e me apaixone

quero que assim fique

como te disse antes do clique

do telefone