Apague a luz

O último que amar, apague a luz,

Pois, a ribalta acesa é desperdício.

Faça por amor, um sacrifício,

Em um quarto escuro, o amor conduz.

Acautele-se ao pedido que eu propus,

Amar intensamente, não é vício.

À uma vida nova, é o início,

É o forte carregando a sua cruz.

E, se acabou o amor, a luz, acenda,

O fato consumado é visível.

O ósculo ofertado é uma prenda,

O amor feito no escuro é plausível.

À toda santidade é oferenda,

Amar como eu te amo, é impossível.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 30/12/2021
Reeditado em 30/12/2021
Código do texto: T7418015
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