Caem as cinzas pelo campo flóreo...

Caem as cinzas pelo campo flóreo,

Em silêncio e também na soturnez,

Vem o astro de semblante merencório

Recamado de egrégia lividez.

Ó sonhos que jazem num céu notório,

Na luz pálida, em fria morbidez,

Onde vagam os seres ilusórios

Recamados de etérea palidez.

Saudade dos luares nevoentos,

Do silêncio vagando solitário

Entoando para mim a tua ária...

Das flores desfolhadas pelo vento,

Dos sinos de outrora em meu fadário

Numa noite fria e solitária.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 09/01/2022
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