Do que a paixão agora vive.
De repente a dor que tive
Vem da angústia d'outros tempos
De não saber, sob esses ventos,
Do que a paixão agora vive
Se dos beijos sem sabor
Se de olhares descarados
Ou de dotes mascarados
Dos que zombam do amor
Se de amantes dos pecados
Que a luxúria desafia
Aos de laços desatados
Ou se da ardência fria
Dos corações estasiados
Que dão vida à poesia.