O ritual do vento.

O sereno das cinco trouxe noite serena.

E o Sol, cujo às nuvens renuncia...

Tinge a pele do dia em cor morena.

Refaz o cinza em nova hegemonia.

Sob as estrelas, eis o tal dilema...

O Céu, em labaredas rabiscadas

Esconde na garoa o seu poema.

A receita que nutre as madrugadas.

Se estrelas que antes faiscavam...

Hoje encolhem na névoa penumbrante,

E a noite soturna em garoa recua...

Em um sopro noturno, ventania...

Um branco aveludado, inebriante...

Recolhendo o sereno, revela a Lua.

Rodrigo Ferreira Magalhães
Enviado por Rodrigo Ferreira Magalhães em 10/01/2022
Código do texto: T7426331
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