Saudosa Mangueira

Hoje sozinha e esquecida, lá no cercado

A vislumbrar, os bons tempos, na lembrança

Ainda soluça, abandonada, na esperança

De um sorriso, ou talvez, um muito obrigado.

E o que tanto a mantém entristecida

Se não a falta dos frutos da pujança

E a algazarra, os gritos das crianças

No vendaval, à chuva de manga caída.

Ó velha amiga, minha saudosa mangueira

Como lembro, embaixo da tua sombreira

Em meu deleite, sob a folhagem ao vento.

As minhas lágrimas, enxugava, eu bem sei

E os segredos, em soluços, que te contei

Ficarão contigo, para meu contentamento.

HELDER C ROCHA
Enviado por HELDER C ROCHA em 17/01/2022
Código do texto: T7431278
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