Eterna poesia
Eterna poesia
Olhei o horizonte através do teu olhar
Na luz dos versos teus vislumbrei
Toda a imensidão do teu versar
Tamanha intensidade em ti encontrei
Ao ler-te senti toda tua ânsia, toda dor
Em passos trôpegos caminhei decadente
Senti no peito esse teu infindo torpor
o peso das palavras incoerentes.
Eram amores, ausências infindas
De uma alma inquieta por natureza
Um tom melancólico escrito à tinta.
Um tanto de sonhares, fizeste perdida
Sentindo teus tantos gritos inundar-me
És tu, ímpar flor, eternamente poesia.
Eterna Florbela Espanca