Amar e planger (Soneto alexandrino)

Vens me perdoar que eu planjo entre a ausência e o lamento,

Também sou desatento aqui no ser astuto;

Amo-te com dulçor dos versos que eu escuto!

Penso no meu cultor, pois com lado ciumento.

- Venho te amar… Amor, eu canto um sentimento…

És como a bela musa, aliás; tens um bom fruto

Ou carinho por mim, em desejo absoluto,

Tenho a pulcra atitude, entendes que eu a alento!

Vais me amar entre o olhar sensual que ainda me queres!…

Com o batom sedento ao meu beijo sem pejo,

Toda a hora temulenta, eis-me com doce gosto.

Dou-te o meu coração entre um dos fortes seres,

Quem me amas de verdade até que eu lacrimejo…

Se o peito é frígido e atro enquanto há o lado oposto.

Lucas Munhoz

(22/01/2022)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 22/01/2022
Código do texto: T7435139
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