RASCUNHOS DE MIM

 

Escrevo em folhas amareladas

Divagações de uma mente madura

Desculpas foram tantas, veladas

Ao trocar do retrato a moldura

 

Pensava que o amor fosse eterno

Errei tantas vezes ao pensar assim,

Embora fosse tantas vezes ele terno

No sofrer por tudo, chegou ao fim

 

Ponderei sobre minhas ações

Algumas boas, outras nem tanto...

Deixei passar por mim o des(encanto)

 

Quando me permiti o passado recomeçar

Surpreendi-me de como era o teu amar

Abismos surgiram em meio a revelações

 

(Simone Medeiros)

 

 

 

RASCUNHOS

 

Lápis à mão, as mãos quase tremendo,

Para escrever de mim todo segredo,

Disposto a tudo sem ter nenhum medo,

Deste momento nunca me arrependo.

 

Eu mesmo sei que hoje não me entendo,

Ao expor o que vive no degredo,

Deixando no papel por entre os dedos,

Aquilo que no peito já não prendo.

 

Junto de mim, pedaços em pedaços,

 As coisas que guardei por entre os laços,

Tal decisão me fez bater os punhos.

 

Cheguei ao fim da minha escritura,

E vi da minha alma bem madura,

No papel sobre a mesa o meu rascunho.

 

Fernando c lima para Simone. 22-02-22.