DILÚVIO c/ interação de Ansilgus

A chuva fina cai a noite inteira!

Durante o dia, a névoa na campina;

a serra em nuvens, úmida cortina

e as águas pela encosta, em cachoeira.

Barrento, o rio sobe tal maneira,

que logo, as suas margens, elimina.

A inundação começa e só termina

depois de vários dias de sujeira.

A enchente vem varrendo, sem descanso,

e nada impede a fúria; em seu avanço,

arrasta tudo o que estiver na frente.

E gente que não tinha quase nada,

Agora, perde tudo na enxurrada.

Tantos sonhos levados pela enchente.

Honrosa interação do grande poeta e amigo Ansilgus:

SONETO – Seca ou enchente – 14.02.2022 (PRL)

Não sei qual o pior: a seca ou a enchente,

Que desaba em cidades brasileiras,

No Nordeste, cada uma, está presente,

Rachando o solo ou abatendo barreiras...

A chuva se transforma em cachoeiras,

Que arrasta tudo como de repente,

Porém a seca vira o campo de poeiras,

Minando as forças do povo valente...

Frustrando toda a sua produção,

O estrago é farto, total e humilhante,

E o rurícola fica deprimido...

Resta fortalecido na oração,

Porém não rouba e prossegue adiante,

Até que Deus atenda seu pedido.

SilvaGusmão

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 09/02/2022
Reeditado em 28/02/2022
Código do texto: T7448193
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