DILÚVIO c/ interação de Ansilgus
A chuva fina cai a noite inteira!
Durante o dia, a névoa na campina;
a serra em nuvens, úmida cortina
e as águas pela encosta, em cachoeira.
Barrento, o rio sobe tal maneira,
que logo, as suas margens, elimina.
A inundação começa e só termina
depois de vários dias de sujeira.
A enchente vem varrendo, sem descanso,
e nada impede a fúria; em seu avanço,
arrasta tudo o que estiver na frente.
E gente que não tinha quase nada,
Agora, perde tudo na enxurrada.
Tantos sonhos levados pela enchente.
Honrosa interação do grande poeta e amigo Ansilgus:
SONETO – Seca ou enchente – 14.02.2022 (PRL)
Não sei qual o pior: a seca ou a enchente,
Que desaba em cidades brasileiras,
No Nordeste, cada uma, está presente,
Rachando o solo ou abatendo barreiras...
A chuva se transforma em cachoeiras,
Que arrasta tudo como de repente,
Porém a seca vira o campo de poeiras,
Minando as forças do povo valente...
Frustrando toda a sua produção,
O estrago é farto, total e humilhante,
E o rurícola fica deprimido...
Resta fortalecido na oração,
Porém não rouba e prossegue adiante,
Até que Deus atenda seu pedido.
SilvaGusmão