Flor Silvestre

No quarto nasce a flor - quanta alegria!

Fortes choros, murmúrios nessa hora...

Cogitam pôr o nome de Maria...

Como amanhece, pensam em Aurora.

Cresce a moça entre pardais e eufonia;

Sente, porém, que o destino lhe implora

Perpretar com ânsia sua cantoria.

Sente-se dentro que é hora de ir embora...

E se foi... sua trança tão dourada

Luzente, como batizada Aurora,

Serviu a muitos homens, perfumada...

Hoje não tem mais a beleza de outrora

E sobre sua cama maculada,

Entre silêncios e suspiros chora.

Rogério Freitas
Enviado por Rogério Freitas em 14/02/2022
Código do texto: T7451908
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