Soneto de amor finito

Acabou tudo, enfim, tudo acabou,

Acabaram os afagos, as delícias.

Até o sonho lindo terminou,

Sem abraços, sem os beijos, sem carícias.

O acalanto amado e puro, desleixou,

Nós unidos, carregávamos malícias.

O sorriso belo, se desvencilhou,

Já não há mais recomeço, nem primícias.

E perdi o meu caráter e meu brio,

Vou-me embora com o meu pobre coração.

Doravante, o meu peito está baldio,

Sigo triste nesta rude solidão.

O vidro do amor, está vazio,

Mas nele, resta o cheiro da paixão.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 17/02/2022
Reeditado em 17/02/2022
Código do texto: T7454004
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