Ai, silenciosa como a alma minha...

Ai, silenciosa como a alma minha,

Vagando nos recantos divinais,

A lua solitária que caminha,

No ástreo bosque dos sonhos noturnais.

Suave violino que distante vinha,

Noite clara iluminando os ideais,

E uma tristeza na alma que sozinha

Envolvia-se nas brumas soturnais.

Tem esses versos o pranto dolente

Que caiste do olhar celeste e nublado

De um céu que outrora choraste no poente.

Tarde erma lembra a alma encastelada,

Sobre o tempo que deixaste enterrado,

Uma cruz de alvas flores circundada...

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 26/02/2022
Código do texto: T7460983
Classificação de conteúdo: seguro