CARNAVAL
CARNAVAL
Como tanto já te esperei, domingo folião
Em uma infância, tão alegre, despretenciosa
Todos éramos iguais, sem qualquer divisão
Sem tristezas, toda brincadeira era gostosa
Eram quatro dias, tão rápidos, sem contenção
E que duvida: uma rainha e na cabeça uma rosa?
Ou anônima foliã, alegre, sem qualquer pretensão
Quem sabe, uma heroína, linda e poderosa?
O carnaval tem o imenso poder, sem medidas
Cura, rejeições, mágoas, escondidas feridas
Que nos dominaram por um ano inteiro
E quando vemos, se passou mais um de seus dias
Nos toma conta a tristeza, vidas ficam vazias
E aos céus pedimos: não me seja o derradeiro