Lágrimas De Outrora

Ah! Sempre o silêncio a nos visitar,

Na solidão dos prados seguiremos,

A mesma lira calma do luar,

Com as lembranças roxas que colhemos.

Vamos calados, juntos, sem cantar,

Com as tristezas na alma que nós temos,

A veres lento o tempo num olhar,

Nós que os sonhos aqui já os perdemos.

E outra vez, ó vida que me trouxeste

O cântico das fúnebres auroras,

De alvuras e olores minh'alma veste.

Vós que andais nas tardes enevoadas,

Onde brotam as lágrimas de outrora

Quando surgem as noites enluaradas...

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 12/03/2022
Código do texto: T7471172
Classificação de conteúdo: seguro