Uma abelha na minha janela
Pelo lado de fora da janela,
Uma abelha, sem mel e sem colmeia,
Logo cedo pousou na minha ideia,
E fez-me imaginar quem era ela.
Dei-lhe o nome imaginário: Cinderela.
Procurei o seu príncipe encatado,
E abri a janela, com cuidado,
Colocando o amor de sentinela.
Aproximei-me dela com cautela...
Assustada... a abelha me revela
Que não é Cinderela, é tão somente
Uma abelhinha triste e sem colmeia,
Que pousou, sem querer, na minha ideia
E encontrou um zangão na minha mente.