Soneto da melancolia do amor
Quisera nunca ter amado nessa vida,
E não ter a sombria pesar nostalgia,
Envelhecida nos barris da melancolia,
Sentido a dor silenciosa e contida.
Histórias de amor não mas me seduz,
Tornaram-se pétalas de rosas ao vento,
Ausências de cores a todo momento,
Imagens foscas,sem brilho, sem luz.
Vejo no amor livros velhos, rasgados,
Romances tristes, sem meio, sem fim,
Nos dramas e nos prantos dos fracos.
Amor é; o refúgio dos desesperados,
Angústias de quem os vive, enfim,
Sangria nos corações apaixonados.