O tempo

Ascoltami, perdonami, Roberta!

Saudade grande nesta tarde fria!

O quarto escuro e casa mais deserta,

Em pleno outono a vida se esvazia.

O tempo corre, eu sei, não há remédio...

Felicidade é sempre passageira.

Presença garantida apenas tédio,

que vem da solidão, queira ou não queira,

Amor! Sublime amor que chega ao fim!

Caminho sempre incerto! Exato assim.

Da eternidade não existe um mapa.

O tempo leva tudo em longos rastros

e faz em pó, castelos, reinos, astros.

Nada e ninguém de seu furor escapa.

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 01/04/2022
Reeditado em 05/04/2022
Código do texto: T7486035
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