Apressa-te
Apressa-te, amor, que já é hora.
O sol já se encoruja lentamente...
Como a levar, sem dó, a dor da gente,
Pro último suspiro da aurora.
Apressa-te, amor, que a vida chora
O pranto da paixão, que não espera
Saber quem eras tu, ou quem eu era,
Antes que um de nós se fosse embora.
Apressa-te, amor, enquanto há vida,
Pois que a morte adora a despedida
E amanhã eu não sei o que é de mim.
Apressa-te, amor, dá-me um abraço...
Enquanto inda não sei o que eu faço
Pra que o meu amor não chegue ao fim.