Minh'alma

Minh'alma de querer-te, anda cansada,

Insórdida, dolente, quase morta;

E o coração viril, porém, com porta,

Ao rude desamor, permite entrada.

Minh'alma vive muito acoplada,

Com minha própria vida e não importa;

Se o meu coração já não comporta,

O sangue dessas veias dilatadas.

Minh'alma é arredia da alegria,

Soberba, fel da dor, com acritude.

Desprove da airosa simpatia,

Com ela, labutei, fiz o que pude.

Minh'alma, ora é muito fugidia,

Minh'alma, só por ti, vive amiúde.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 05/04/2022
Reeditado em 05/04/2022
Código do texto: T7488487
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