A ÁRVORE
Nesta Grande Árvore,
Da qual pertencemos,
Há frutos voluptuosos e miúdos,
Providos da mesma semente.
Os mais chamativos
Ganham admiradores,
Admirando as dores dos menores
Encontramos sabores escondidos.
Das frutas graúdas e vistosas,
De carnes agras e amargas,
Restam-nos o bagaço pútrido.
Porém, dos tímidos pupilos esquecidos,
De interiores ricos e vívidos,
Extraimos a mais pura essência do mundo.