Místicos Luares

Quando olhares para o céu enevoado,

E os dias tu sentires enfadonhos,

Saberás que nesse céu enluarado,

Nessas brumas que vagam nossos sonhos.

Tu bem sabes que eu sigo amargurado,

Que os ventos vão calados e tristonhos,

E na sombra em que vivo encastelado,

Há luares do passado tão risonhos.

Lacrimejas à morte que te espera,

E nos místicos silêncios de outrora

Andais em fenecida primavera...

Longe do campo santo que vagaste,

Se o peito toca-lhe o clarão d'aurora,

É porque a madrugada contemplaste!

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 15/04/2022
Código do texto: T7495886
Classificação de conteúdo: seguro