*PAPEL EM BRANCO

Perdi-me na estrada do Sudeste
Virei rotina cansei o teu pensar
A mala que seguiu lá do Nordeste
Abriram, devastaram meu cantar.

Virei papel em branco amarrotado
A fantasia sumiu onde ela está?
Os poemas voaram decantados
Dispersas desceram ao além-mar.

As águas vagaram em correnteza
As páginas de frio descolaram
Correram sem destino na certeza
Ao menos alvíssaras imploraram

Perdeu o brilho, o sorriso, a emoção
Apenas palavras vazias na multidão.

Sonia Nogueira


– Papel em Branco

Palavras singram mares, no Nordeste
Encontram outras águas, correntezas.
Embocam noutros rumos, incertezas,
Tornando a vida amarga e tão agreste.

Lembrando deste anel que tu me deste
Revejo depois disso, tais belezas,
Embora tantas vezes, asperezas
Arrancam da esperança cada veste

Invisto o meu olhar na placidez
Do lago que supera esta aridez
E traz à vida alento, paz e glória

Cevando amor pacífico, recolho
Distante do feroz olho por olho
A luz que mudará o fim da história...

Dr. Marcos Loures
Saudades eternas
Sonia Nogueira e Marcos Loures
Enviado por Sonia Nogueira em 16/04/2022
Código do texto: T7496570
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