Soneto modernista: culta contradição

Pintou-se a revolução em feroz melodia

nos palcos que ecoaram a voz do artista

cuja vanguarda de inspiração foge à vista

diante de tão loquaz e inovadora ousadia

Liberdade que inaugura o fulgor do dia

após trevas de uma arte academicista

e escuridão da mesmice parnasianista

Vibremos ao som da digna antropofagia

Na pintura, o clássico jaz deselegante

Teatro, música e literatura moderna

saúdam Tarsila, Mário e Di Cavalcanti

A semana de 22 não foi pura baderna

Efeméride de independência militante

Seus gritos ressoam em chama eterna

Flora Fernweh
Enviado por Flora Fernweh em 19/04/2022
Código do texto: T7498530
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