EPÍLOGO

Desisto de seguir o indefinido,

Palavras não me servem, não me bastam,

Na força em que meus ossos se desgastam

Se vão meus versos, morre meu sentido.

Não há mais pensamento! Dissolvido

Está nas dualidades que se arrastam,

Nas formas reluzentes que se afastam,

Da ilógica razão que tenho sido.

Descanso o raciocínio sobre o chão,

No túmulo secreto da esperança,

Enquanto dou adeus à imensidão,

E espero numa próxima experiência

Que eu não tenha sequer uma lembrança

Dos dias que passei nessa existência.

ANÍSIO LIRA
Enviado por ANÍSIO LIRA em 20/04/2022
Reeditado em 20/03/2023
Código do texto: T7499320
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