EPÍLOGO
Desisto de seguir o indefinido,
Palavras não me servem, não me bastam,
Na força em que meus ossos se desgastam
Se vão meus versos, morre meu sentido.
Não há mais pensamento! Dissolvido
Está nas dualidades que se arrastam,
Nas formas reluzentes que se afastam,
Da ilógica razão que tenho sido.
Descanso o raciocínio sobre o chão,
No túmulo secreto da esperança,
Enquanto dou adeus à imensidão,
E espero numa próxima experiência
Que eu não tenha sequer uma lembrança
Dos dias que passei nessa existência.