Estrela maga
Na voz do uirapuru que ronda as matas
Gerando paz com doce melodia;
Na voz das águas vindas das cascatas
Que branda e leve música irradia;
Na voz da chuva que em frações exatas
Fecunda o solo e inspira poesia;
Na voz do som sublime das sonatas;
Na voz da brisa fria que arrepia;
Seu canto escuto, minha estrela maga!
Seu grave, assim, tão doce como o mel
Tem um som que me acalma e que me afaga!
Ostento longas asas de albatroz
Voejo pelas nuvens, pelo céu
Ouvindo o cantigar de sua voz!