CEGUEIRA DO AMOR.

Por mais que no meu peito ela trespasse,

a flecha envenenada que feriu,

minha alma lancinante que pediu

clamando que a verdade se mostrasse.

A mentira estampada em tua face,

a cegueira do amor que permitiu,

minha tola alegria nunca viu

esse teu asqueroso e vil disfarce.

Com tortura visível eu me afasto,

e desencravo o espinho que prendeu,

soluçando magoado vou de arrasto.

É meu sonho que em vão já se perdeu,

floria no horizonte infindo e vasto,

mas a alma mente, diz que o amor morreu.