O VÉU DO MEDO

Caminhos árduos surgem e acredito,

perante a travessia turbulenta,

na força das lições que experimenta

o coração lanhado, um tanto aflito.

O véu do medo, infame vestimenta,

rejeito nesta face e não hesito

em confrontar, do opósito maldito,

a sanha esfomeada e truculenta.

Agora, traz angústia a sangradura

causada pelo dente viperino

da fera que na trilha me procura.

Porém, ao fim da prova, as cicatrizes

revelarão a glória e vaticino

a vinda doutros tempos, mais felizes.