Teologismo
Estóica guardou, por uma vida,
carúnculas de hímen e paixão.
Amortizou o ônus da traição
co'as dores, da prenhez, não mais sentidas.
E repartiu o peito, condoída,
entre o pai, o filho e o amante;
E foi vivendo, e foi seguindo adiante,
até cicatrizar todas feridas.
Roubou-lhe o filho, a morte, decidida
em conceder-lhe a bênção merecida
por derramar o pranto derradeiro.
Hoje, de boca em boca, mão em mão...
vive, como objeto de oração,
a espalhar perdão no mundo inteiro.