PLATITUDES SEXUAIS

Platitudes essas que me fazem refletir, até que ponto é desejo genuíno.

O querer platônico de estar junto, só para compartilhar o nada, menino.

Juras de amor tomam conta de nosso ninho; ele te encara com fascínio.

Imagina situações reais acontecerem em seus corpos. Aí vem o declínio.

Gargalhadas são dadas; promessas de amor eterno abrem o seu caminho.

Mas no afã de que ainda mora um ser real que range as veias com carinho,

Acaba por se frustrar ao ver-se esmorecer, ele, que de tanto amar sozinho,

Vinga-se do mundo e promete não mais experimentar desse amargo vinho.

Afinal, o que nunca começou sequer um dia, parece ter um desfecho trágico.

Da mente que nunca brotou a serpente. Mente mais que um truque mágico.

O desejo de realmente cotejar a cortesã vira devaneio de um iludido clássico.

Mesmo assim, ainda acredito na pecha perdida de obituários dos sexos mortos.

São seres amorfos que se fazem de santos para atraírem cada vez mais devotos.

Sem saberem ao certo: Atos sexuais são desejos genuínos ou só são maremotos.