HORA DE REZAR!
Silva Filho
Pensei fazer poemas em magote
Palavras se quedaram perfiladas
As rimas, como sempre, camufladas,
Impondo ao soneto algum mote.
Tentei levar o verso no improviso
Sem eira e nem beira pra rimar
A verve nunca pôde descansar
Quem dera eu rimasse com sorriso.
A vida me deixou o seu palpite
Que tudo por aqui tem um limite
Tem hora pra sorrir e pra chorar!
Se às vezes não se tem inspiração
A verve pode estar em oração
E assim cabe ao Poeta... só rezar!