PEGA-PEGA
Brincar de pega-pega, e vou pra quê,
Se reclamo e você nunca me escuta,
Me pega com tamanha força bruta
Que quase não consigo me mexer?
E logo aonde, ali, quem é que vê
Que aquilo é brincadeira ou é luta
E quem ver tem certeza absoluta
Que um é lobo e o outro de comer?
Diz sempre assim de olhar murcho, caído,
Que se vira em pidão e enxerido
E corre mato adentro e eu atrás…
Tu não me pega, eu pego, e caem os dois,
E o que acontece é o baião de dois
Que todos sabem bem como se faz.