NAUTA RENASCIDO
O mar ficou bravio, mas prossigo
alimentado de esperança e sonho,
embora a tempestade que transponho
traga, ao cenário, aterrador perigo.
Um novo desafio me proponho
ao desistir do ancoradouro antigo
e, nauta renascido, o peito instigo
na direção do resplendor risonho.
Aos poucos, no oceano, cristalina,
a claridade pretendida aflora
e inunda a palescência da retina.
Se a travessia me perturba agora,
o sol espera à frente, a vida ensina
que pode haver revigorante aurora.