AGORA . . .

Estático, mudo, fico aqui sem compreender a vida...

Olho um horizonte sem perspectiva de estrelas à noite

Penso mesmo, às vezes, que o melhor seria a partida!

Enfrentar o deserto com miragens, mar e seu açoite...

Triste vida de poeta, louco feito um Dom Quixote...

Visões de felicidade onde só há tristeza e amargura!

Vontade de água de poço, geladinha, ainda no pote...

Elementos do passado que pioram mais essa loucura!

A pergunta que vem é mais que essencial: E agora?

Saio do transe, volto à realidade, alimento fantasia,

Ou me entrego logo à solidão sem fim desta hora?!

Maldita dúvida que me assedia esses meses e anos...

Mesmo se pudesse eu não choraria, apenas cantaria!

Foram se meus melhores dias e água abaixo os planos.

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 21.05.2014

19h09min [Noite]

Estilo: Soneto