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Sim, de repente, teu corpo estava ali, inerte...

Na mansidão da madrugada, pássaros da noite,

Eu, alheio ao vento, seu malvado e doce açoite!

A voz mansa da lua em sinfonia me adverte...

Busquei a quietude do deserto para refletir e amar,

A paz que eu quero ter está no teu jeito de olhar...

E a luz que imagino buscar surge do teu coração!

Vermelha, azul, toda ofuscante... Convite à ação...

Penso... Eu tinha certeza que eras tu! Imaginei?...

Ao meu lado! Doce ilusão que me comove a alma!

Na dor da decepção, gelei... Chão que se foi, chorei!

Sou desgraçado... Esbarro sempre no mesmo trauma!

Volto às cinzas do passado, nas moendas da saudade,

Que teimam em me trucidar, desde a minha mocidade...

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 13.03.2015

19h51min [Noite]

Estilo: Soneto