Quartas-feiras
Às quartas-feiras não saio de casa!
E quando saio, vou comprar cerveja,
Ou vou especular o que deseja
O fogo do carvão, que está em brasa.
Me ponho a escrever o quer que seja,
Que me venha à cabeça, ou então
Aquilo que vier ao coração,
Pois que o coração, em mim, sobeja.
Então, rio de mim e dos demais:
Os novos e antigos comensais,
Que têm de trabalhar na quarta-feira.
E ponho mais um verso num poema,
E ouço a "Garota de Ipanema"
Enquanto o sol aquece a churraqueira.