The time...

Foi-se o tempo... De loucas e medonhas alucinações...

Minha feitoria, de medos e arrepios... Dos guaxinins,

Das onças, lá na vaca morta, dos fantasmas de anões,

Os ‘curdiachos’ de mãeIza! Pedim Melancia e Manezins!

Foi-se o tempo... De gritar de cima dos pés de manga,

Feito Tarzan na selva braba... Nas Maria-mole e caju...

Nos pés de rama de bezerro! Deus, no açude, de tanga!

Pescando na lagoa das nêgas, com minhoca e sem angu!

Foi-se o tempo... Que ouvindo o farfalhar das palmeiras,

E, na minha Agricolândia... Eu já chorava da saudade...

Tinha certeza, ia sentir! Da minha caçada de baladeiras!

Foi-se o tempo... Que todos tinham zelo e amor pela cidade!

Nem parecem filhos desse interior de histórias maravilhosas,

E saber: No sonho das crianças, há futuro e bênçãos copiosas!

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 20.09.2012

9:04 [Manhã]

Estilo: Soneto