Soneto de paixão e desespero

 

Paixão, doce veneno, que entorpece

Paralisa totalmente os sentidos

Os nervos ficam logo amolecidos

E o coração acelerado, se aquece

 

E a mente, sob efeitos, enlouquece

Os gestos se revelam incontidos

Pensamentos, sem razão insanecidos

E o pulsar apressado prevalece

 

Corpo e mente em função do destempero

Faz o peito agitar-se em desespero

Se a loucura extravasa na ausência

 

Do objeto de desejo quase infesto

Resultando em delírio manifesto

Como quem sofre de pura abstinência

 

Adriribeiro/@adri.poesias

 

 

 

 

 

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 24/06/2022
Reeditado em 24/06/2022
Código do texto: T7545148
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