NO MEIO

No meio do caminho entre o pé

E o cocuruto, “seo” Drummond, não há

Uma pedra e se pedra ali se achar,

Quem acha, acho que tem cuca lelé.

No meio do caminho, se houver

Meio de ir e vir, depois voltar

Ao meio, se descobre que se está

No meio do melhor que possa haver.

É o meio do universo na mais pura

Compreensão de que na criatura

Um meio que é começo e fim nasceu.

Nas retinas a pedra é um argueiro

A atrapalhar o meio, companheiro,

De ver qual meio leva-nos ao céu.