Lua branca

“Oh, lua branca, por quem és, tem dó de mim”!*

Perdido estou na noite, triste, sem guarida!

Oh, lua branca, traz alento à dor sem fim,

que faz minha alma definhar, sem luz, sem vida.

Oh, lua branca, a luz que desce, esmaecida,

cobrindo o lago em suave manto de cetim,

aumenta a dor aguda e tanto ressentida

da funda mágoa que me faz sofrer assim.

Serena Lua, inseparável companheira,

a ti suplico urgentemente uma maneira

de aniquilar o sofrimento que me mata.

Pois tu, somente, poderás, divina Lua,

com teu encanto, iluminando a estreita rua,

levar à minha amada um beijo, em serenata!

* Chiquinha Gonzaga

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 03/07/2022
Reeditado em 21/07/2022
Código do texto: T7551398
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