Como brumas perdidas no poente...
Como brumas perdidas no poente,
Que vagam no mistério d'um olhar,
Beijou-me a tarde branca e redolente,
Esperavas solitário o luar.
Outras sendas buscavas encontrar,
Que fizessem-me olhar alegremente,
O futuro sem teres que chorar
Na penumbra fria do meu presente.
Eram sonhos que olhavam campanários,
No caminho enluarado da saudade
Seguindo para a morte solitários.
Doces lembranças dos meus tempos idos,
Como folhas mortas na soledade
Caindo dos luares adormecidos...