Como brumas perdidas no poente...

Como brumas perdidas no poente,

Que vagam no mistério d'um olhar,

Beijou-me a tarde branca e redolente,

Esperavas solitário o luar.

Outras sendas buscavas encontrar,

Que fizessem-me olhar alegremente,

O futuro sem teres que chorar

Na penumbra fria do meu presente.

Eram sonhos que olhavam campanários,

No caminho enluarado da saudade

Seguindo para a morte solitários.

Doces lembranças dos meus tempos idos,

Como folhas mortas na soledade

Caindo dos luares adormecidos...

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 31/07/2022
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