Trago na alma brancas as primaveras...

Trago na alma brancas as primaveras,

Que outrora floriram na escuridão,

Os campos áureos de passadas eras,

E luares de etérea solidão.

A voz que me recorda quem tu eras,

Pelos ermos soluças um violão...

Hoje sinto do tempo tão severas

As mãos frias tocarem minha mão.

Aquela estrada desaparecera,

Cobriste a névoa os teus lírios mortos,

E o arvoredo sem flores já morrera...

Um silêncio de olhares doloridos

Vagueia nesse mar que não tem portos

Buscando sempre pelos tempos idos.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 05/08/2022
Código do texto: T7575955
Classificação de conteúdo: seguro