Soneto aos pais

Do pai que tive ao que um dia seria

Jamais saberia a distância medida

Apenas uma imagem e memória doída.

Quando se foi, a morte não era o que previa.

 

Hoje me alegro com tantos que conviveram

Sinto prolongar-me nos filhos que tive

Agora a distância no horizonte que  revive

E se prolonga nos netos que nasceram.

 

A vida aos poucos foi o ninho tecendo

Então o mistério do amor se concretiza

O tempo fiel aos poucos vai crescendo.

 

Desejo a dois como fruto da pura vontade

Diante de uma herança que se imortaliza

Nesse dia explode no meu peito a saudade.

 

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 12/08/2022
Código do texto: T7580622
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