Desejos

Nem que caia sobre mim, vil tempestade,

Hei de ver, amada minha, hei de ver.

O sofrer do infortúnio a padecer,

Já pagando o preço rude da maldade.

Nem que eu perca os meus passos, liberdade,

Minha amada, acompanharei você.

De seus abraços, aconchegos, vou querer,

Libertando-nos do cinto, a castidade.

Ora a lua ao nosso ver, vaga vadia,

Ora brilha o firmamento fugidia

Ora fria bem sedenta de calor.

É qual você, que tudo embalde é primor,

É eu pedindo: Dê-me um beijo meu amor!

Rasgue esses versos, dê-me outra poesia.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 29/11/2007
Reeditado em 12/12/2007
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