Bola murcha
Em um quintal baldio, em minha rua,
No qual os curumins jogavam bola,
Ao cabular as aulas da escola
E esconder o sol à meia-lua...
Havia um velho pé de carambola,
Que sombreava parte do terreno,
E emprestava à face o tom moreno,
Do tempo em que eu era um rapazola.
Nasceu ali sozinho, e ali cresceu,
Como fosse o quintal um filho seu,
E tão somente seu, de mais ninguém.
Foi-se o quintal baldio, a carambola...
E quando um curumim sai da escola
E pretende jogar, não há com quem.