SONETO DO ÓDIO

 

Ah! Como intenso te odeio

Odeio o que me fazes sentir 

Nunca sendo inteiro só meio

Dor aguda quase como parir

 

Ah! Que em desespero te odeio

Ódio louco que tanto me devasta

Cavalgando nua de ser sem rodeio 

Amor assaz perverso que se alastra

 

Ah! Como eu protesto e te odeio

Afogada no vício de ser só prazer

Mergulho e tu me beijas no veio

 

Ah! Me desespero louca a sonhar

Querendo tanto deixar de te querer 

Refém do imperativo do verbo amar

 

 

 

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 31/08/2022
Código do texto: T7595423
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