Impetuosidade

Meu coração que bate forte sem ter medo,

É carmesim, é rubro, árduo e voraz.

Deixa amores sensitivos para trás,

Mas, todavia, tem em si, engano ledo.

Tenho no peito, a ilusão, rude brinquedo,

Desilusão, brio sombrio e muito mais.

Carrego a pecha, imperfeição de bom rapaz,

Que para vãs opiniões, tudo é segredo.

Muitos amigos já me tacham como estorvo,

Nunca souberam da real realidade.

Eu não sou ave de rapina, nem sou corvo,

A carregar dentro em mim, tanta maldade.

Se eu fenecer na indecisão, nasço de novo,

Vou-me esquivar da má impetuosidade.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 07/09/2022
Reeditado em 07/09/2022
Código do texto: T7600133
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