O sol desponta nas horas de alvura...

O sol desponta nas horas de alvura,

Trazendo-me luares já fanados,

Mas o meu peito é uma erma sepultura,

Na catedral dos sonhos constelados.

Há tantas flores murchas na clausura,

Vozes que surgem por todos os lados,

E a saudade de etérea formosura,

É como a lua pelos ermos prados.

Segue cantando a morte que te espera,

Se tens a alma florida de açucenas

Passarás como alegre primavera.

Poeta triste que as dores vai tecendo,

Se te encantas as noites serenas,

Em ti há também um bosque florescendo...

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 07/09/2022
Reeditado em 28/05/2023
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